O Que Mudou na Refinaria de Mataripe Após a Venda para a Acelen?

Repercussões da Venda da Refinaria de Mataripe: Qual o Futuro dos Empregos e da Economia Local?

O Que Mudou na Refinaria de Mataripe Após a Venda para a Acelen?
Repercussões da Venda da Refinaria de Mataripe: Qual o Futuro dos Empregos e da Economia Local?

A Refinaria de Mataripe, anteriormente sob gestão da Petrobras, passou por uma transição significativa após sua venda para o grupo privado Acelen, ligada ao Mubadala Capital. Desde então, a refinaria tem operado como uma empresa de mercado, focada em eficiência e em retorno financeiro, o que tem impactado suas políticas de contratação e seus objetivos de produtividade. Esse processo de privatização foi acompanhado por uma mudança de prioridades: enquanto a Petrobras, como estatal, mantinha um compromisso com a geração de empregos e com uma política de preços mais estável, a nova administração da Acelen adota estratégias típicas de empresas privadas, em que a lucratividade e a valorização dos ativos são prioridades.

Desde a venda, a Acelen tem implementado uma gestão mais enxuta, o que refletiu em uma redução dos empregos indiretos associados à refinaria. Dados indicam que, sob a administração da Petrobras, a refinaria de Mataripe mantinha cerca de 19 mil empregos indiretos ao ano, contribuindo significativamente para a economia local e para a geração de renda na região. Com a transição para a Acelen, houve uma reorganização da mão de obra terceirizada e a adoção de práticas de redução de custos que, segundo especialistas, afetaram o nível de emprego e as condições dos serviços terceirizados. 

Além das mudanças na força de trabalho, a Acelen também vem adotando políticas de precificação alinhadas ao mercado global, sem as diretrizes de controle aplicadas pela Petrobras. Esse enfoque tem levantado questionamentos e desafios, especialmente no contexto da inflação e da necessidade de manutenção de preços acessíveis para combustíveis. Por outro lado, os defensores do modelo argumentam que a gestão privada, ao buscar mais eficiência e reduzir custos, pode tornar a refinaria mais competitiva, ainda que isso implique menores níveis de emprego.