SESI Candeias dá exemplo com campanha contra o bullying nas ruas da cidade

Campanha educativa do SESI Candeias mostra que o combate ao bullying começa com a escuta

SESI Candeias dá exemplo com campanha contra o bullying nas ruas da cidade
Iniciativa do SESI contra o bullying deveria ser replicada nas escolas da rede municipal

O SESI Candeias tem dado um verdadeiro exemplo de cidadania, empatia e responsabilidade social ao colocar seus alunos como protagonistas em uma nobre causa: o combate ao bullying. Recentemente, estudantes da instituição ocuparam a principal praça da cidade para realizar uma campanha de conscientização contra esse problema que afeta milhares de jovens em todo o país. A ação envolveu a distribuição de panfletos educativos, conversas com a população e cartazes com mensagens fortes e de impacto, alertando para os efeitos devastadores do bullying no ambiente escolar.

Essa atitude merece não só reconhecimento, mas também ser replicada. É fundamental que outras instituições de ensino se inspirem nessa iniciativa e levem esse tipo de campanha para dentro e fora das salas de aula. Em especial, a SEDUC de Candeias (Secretaria Municipal de Educação) precisa olhar com mais atenção para ações como essa e compreender que o enfrentamento ao bullying deve ser uma prioridade dentro da rede pública municipal. Combater o bullying não é apenas coibir atitudes agressivas, mas criar um ambiente seguro, acolhedor e propício ao desenvolvimento humano e educacional de cada aluno.

O bullying, infelizmente, ainda é uma realidade em muitas escolas do município e tem sido responsável por conflitos cada vez mais intensos entre adolescentes. Vai muito além de apelidos ou provocações: trata-se de um comportamento sistemático de humilhação, exclusão e violência – seja ela física, verbal ou psicológica – que, quando ignorado, pode gerar traumas profundos e marcas duradouras nos jovens. Por isso, é urgente que se crie uma cultura de diálogo, respeito e empatia dentro do ambiente escolar.

É preciso entender que o combate ao bullying não pode ser tratado de forma isolada ou pontual. Ele deve fazer parte de um projeto pedagógico maior, que envolva professores, pais, alunos e, principalmente, especialistas capacitados, como psicólogos, pedagogos e assistentes sociais. O acompanhamento profissional é essencial para identificar casos, orientar os envolvidos e propor soluções eficazes para que a escola seja um ambiente de aprendizado e não de sofrimento.

Ações de sensibilização como a do SESI Candeias mostram que, quando os jovens são ouvidos e incentivados, eles se tornam agentes de transformação. Ao ocupar a praça, os estudantes não apenas levaram informação à comunidade, como também demonstraram que estão conscientes do seu papel social e do poder da educação como ferramenta de mudança. Essa participação ativa e engajada é o que falta em muitas escolas da rede pública, onde o silêncio ainda prevalece sobre o enfrentamento ao problema.

Incluir rodas de conversa, palestras, dinâmicas e campanhas permanentes dentro das escolas pode ser o caminho para romper esse ciclo de violência silenciosa. O diálogo transforma, e é conversando com os jovens que conseguiremos criar uma geração mais consciente, respeitosa e empática. É necessário escutar os alunos, compreender suas dores e oferecer suporte contínuo, porque é dentro da escola que eles constroem suas relações e sua visão de mundo.

A esperança é que o exemplo do SESI sirva como um alerta e também como uma inspiração. A educação pública municipal de Candeias precisa se reinventar constantemente e acompanhar os desafios do nosso tempo. Combater o bullying com seriedade é mais do que uma necessidade — é um dever. Afinal, onde há respeito, há aprendizado. E onde há diálogo, há transformação.